A testemunha é quem diz ‘eu sei’. A pessoa diz ‘eu faço’. Dizer ‘eu sei’ não é uma inverdade, é apenas limitado. Mas dizer ‘eu faço’ é totalmente falso, pois não há ninguém que faça coisa alguma. Tudo acontece por si só, inclusive a ideia de que se é o agente. O universo é cheio de ação, mas não há ator. Permaneça como a pura testemunha, até que mesmo o testemunhar acabe por se dissolver no Supremo. A dissolução da personalidade é sempre seguida por uma grande sensação de alívio, como se uma carga pesada houvesse sido removida. Na realidade, há um único estado. Quando distorcido por autoidentificação, ele é chamado de pessoa. Quando colorido por um senso de ser, ele é a testemunha. E, quando incolor e ilimitado, ele é chamado de Supremo.
Nisargadatta Maharaj